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Você sabia que a cada dez pessoas que procuram o PS, em média, seis não são casos de urgência? E que esses casos podem ser atendidos com hora marcada em consultórios e postos de saúde? E que esses seis casos são responsáveis pelo aumento do tempo de espera causado aos que precisam ser atendidos com urgência?
Visando melhorar cada vez mais o atendimento aos pacientes que buscam o Pronto Socorro do Hospital da Santa Casa de Caridade de Uruguaiana, os profissionais que desempenham suas atividades no setor passam a adotar normas específicas visando melhorar ainda mais o serviço prestado. 
A adoção de ações que buscam dinamizar o fluxo de atendimento, minimizando, inclusive, os potenciais riscos de morte em ocorrências é a proposta que começa a ser adotada a partir da próxima segunda-feira (5) junto ao HSCC. Essa nova sistemática de atendimento, que deverá priorizar os casos mais graves e com riscos à vida do paciente, obedece a protocolos de referência internacionais, visando dar um atendimento em menor tempo aos casos de maior gravidade.
Para o médico Luiz Fernando Cibin, responsável técnico pelo Pronto Socorro do HSCC, é necessário que a população esteja esclarecida sobre o real trabalho desempenhado pelo setor. O médico ressalta que os serviços de pronto atendimento, ou pronto socorro, como o próprio nome diz, foram criados para atender rapidamente as pessoas em situações críticas. No entanto, por serem abrangentes e disponíveis 24 horas por dia, muitas vezes são usados em substituição ao consultório médico, o que não é o ideal. “O pronto atendimento nem sempre consegue oferecer a mesma investigação no diagnostico e no monitoramento do tratamento proposto pelo seu médico, por exemplo, que ao marcar consultas de retorno obtêm informações detalhadas sobre o andamento da sua saúde”, observa. 
Outro problema é que a procura excessiva do pronto atendimento, por questões sem gravidade, pode acabar por competir com os casos que realmente precisariam de atenção naquele momento. 
A real função do Pronto Socorro de um hospital, como o próprio nome diz, é atender pacientes que estejam em estado de Urgência ou Emergência. “São pessoas que correm risco eminente de vida, como acidentados, suspeita de infartos, derrames, apendicite, pneumonia, fraturas, entre outras complicações”, explica a enfermeira Graciane Lafuente. Essa informação é o caminho correto para o bom atendimento, uma vez que a cada 10 pessoas que procuram o serviço, em média, seis não são casos de urgência.
Em geral, esses casos poderiam ser atendidos com hora marcada, em consultórios e postos de saúde. E esses mesmos casos são responsáveis pelo aumento do tempo de espera causado aos que necessitam ser atendidos com urgência, uma vez que os casos mais graves demandam mais tempo da equipe de atendimento.
A enfermeira expõe também que outro item que dificulta o trabalho da equipe no Pronto Socorro é o número exagerado de acompanhantes, o que causa a sensação de superlotação e aumenta o risco de contaminação. O Pronto Socorro também não é o lugar certo para solicitação de exames, trocas de receitas, atestados de saúde e outros procedimentos que não sejam de urgência. “O uso consciente por parte dos usuários colabora para o melhor funcionamento do Pronto Socorro, diminuindo o tempo de espera e melhorando o fluxo do atendimento médico-hospitalar”, ressalta. 
Por isso, é importante que todos façam a sua parte: usar corretamente o Pronto Socorro. “Com isso você ajuda também a melhorar os serviços prestados pela Santa Casa”, finaliza Graciane Lafuente.
O Pronto Socorro de Uruguaiana é responsável por mais de 300 atendimentos diários em média aos pacientes que buscam o serviço dos profissionais.
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