Após dois dias sucessivos de falhas apresentadas no sistema de atendimento do Pronto Socorro da Santa Casa de Caridade, a administração do hospital decidiu abrir um processo de sindicância interna para apurar com exatidão a razão para os problemas verificados no feriado do dia 1º de janeiro e nesta quinta-feira (2).
O administrador do Hospital, Geovane Cravo, assegurou que caso sejam constatadas falhas sem justificativas, os profissionais serão afastados de suas funções no Pronto Socorro. "Precisamos de profissionais que sejam comprometidos com a instituição", garantiu.
Falhas
De acordo com a Santa Casa, no final da manhã desta quinta-feira (2), o médico plantonista deixou fichas para serem atendidas pelo seu substituto que assumiria o plantão ambulatorial à tarde. Porém, com a ausência do plantonista do início da tarde, houve o acúmulo de atendimentos em espera, o que gerou mal-estar e reclamações por quem esperava na área amarela (setor ambulatorial).
Verificada a falta do profissional, imediatamente o setor de Recursos Humanos do Hospital buscou suprir a ausência. De acordo com a secretária do plantonista ausente, este apresentou quadro instável de saúde e não pode comparecer para cumprir a carga horária de trabalho.
A falta do profissional somente foi suprida após 2h de procura por um médico que estivesse com sua agenda em aberto. Tão logo foi confirmado, o plantonista substituto foi encaminhado ao Pronto Socorro. "Infelizmente temos que ter essa margem de tempo mínimo para gerar a intervenção de ir atrás de um substituto que esteja disponível para aquele momento e que tenha a boa vontade de deixar seus afazeres naquela hora e se desloque para um novo compromisso", explica Geovane Cravo.
Já no feriado de 1º de janeiro, uma troca de agenda gerou a falta do profissional no período da tarde, o que acarretou um acúmulo de atendimentos e a demora na fila de espera para quem buscava recursos médicos na área amarela. O atendimento foi normalizado no início da noite quando o médico daquele plantão iniciou seu trabalho. "O médico é contratado por horas trabalhadas. Caso ele falte, ele não recebe. Porém, temos que criar mecanismos que punam o médico ausente. A idéia é criar formas que restrinjam atrasos ou ausência nesse setor que é tão importante na estrutura de funcionamento do Hospital", finalizou Cravo.