Elas são atualmente a sensação na UTI Infantil do Hospital da Santa Casa de Caridade de Uruguaiana. A superação de cada dia para as trigêmeas prematuras é uma vitória constante.

Casos de trigêmeos são pouco comuns. Mas, quando acontecem, ainda surpreendem.  As chances de uma gravidez natural resultar em trigêmeos é de quatro mil para um. Sendo idênticos, então, é quase impossível: a probabilidade é de 200 milhões para um.

Claro que este não é o caso das três meninas nascidas no dia 9 de dezembro na maternidade do Hospital da Santa Casa de Caridade de Uruguaiana.  marias

Mas só o fato do nascimento já gera uma corrente de solidariedade. Afinal de contas, a família carente tem ainda outros quatro filhos. Com Maria Eduarda, Maria Luíza e Maria Vitória, agora são sete os filhos de Nádia Campão de Moraes (27). As dificuldades enfrentadas pela família são tantas que recentemente Nádia teve que vender o cabelo para manter os filhos que moram com ela. “Não tive outra alternativa”, disse ela.  Em troca de R$ 150,00, ela se desfez das longas madeixas. O dinheiro serviu para pagar a conta de luz em atraso.

Todos os dias, Nádia sai de casa e vai à Santa Casa acompanhar o quadro evolutivo das “Três Marias”, denominação que receberam desde o nascimento. Mas apesar de estarem sendo bem assistidas no hospital, as dificuldades continuam. Por exemplo, diariamente, cada uma delas consome 27 fraldas.  Por isso, uma verdadeira campanha de doações vem sendo montada para que o atendimento às meninas continue sendo realizado em alto padrão.

Nascidas de parto normal e prematuro de seis meses, as trigêmeas ainda estão sendo atendidas na UTI Infantil até ganharem peso suficiente para serem liberadas pelos médicos. Até lá, são alvo da atenção de todos que circulam pelo setor. Segundo a enfermeira Darlene Tambará, o atendimento às três irmãs é feito 24 horas por dia dado o quadro ainda frágil apresentado por elas. “Mas elas estão se recuperando bem e em breve estarão aptas a serem liberadas para irem para casa”, garante a enfermeira, quem trabalha há três anos no HSCC e somente uma vez tinha acompanhado situação semelhante.

Para que as “Três Marias” continuem se recuperando, Nádia pede o apoio da comunidade para que continue doando fraldas, pois o custo é alto e ela não dispõe de recursos para cobrir os valores. As doações podem ser encaminhadas para a portaria do hospital em nome das “Três Marias”.

Além disso, o hospital necessita constantemente de doações de fraldas, de todos os tipos e tamanhos. Uma das mais requisitadas são as fraldas geriátricas, necessárias para tratamentos de adultos e idosos. 

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